Recoleta é um dos bairros mais charmosos de Buenos Aires. Já foi o lugar onde só morava os finos e fofos da cidade e hoje em dia é uma área mais comercial e cheia de atração turística legal e por isso acho digno dedicar um dia da viagem só pra ele.

De onde você tiver, pegue um uber para o Cemitério da Recoleta. Antes que você fique pensando o que danado vai fazer no cemitério, eu já vou explicar aqui: É que antigamente os nobres eram enterrados em basílicas e quando começaram a ser enterrados em cemitérios, junto com os “pobres mortais” (perdão pelo trocadilho cafona, foi mais forte que eu), eles usavam os mazoleus das famílias pra ostentar, mostrar que tava rico mesmo, então cada um que contratasse um artista pra fazer uma escultura mais bonita que a outra. De forma que passear pelo Cemitério da Recoleta é tipo um passeio em um museu a céu aberto, inclusive tem tours específicos pra lá, afinal é uma forma de conhecer a história da cidade. Obviamente o túmulo mais procurado é o da “Família Duarte” onde está o corpo da Evita Perón. É bem difícil de achar (fica na quadra C7) e é também um dos mais simples. 




Em frente ao Cemitério da Recoleta, fica a Praça Intendente Alvear, onde normalmente se vê gente fazendo piquenique, tomando um sol e aos fins de semana, tem uma feirinha de artesanato, antiguidades, causando uma movimentação intensa. Próximo tem o Buenos Aires Design e o Hard Rock Café.

Já que está pelas redondezas, minha dica é aproveitar para conhecer um cantinho que descobri e que está bem “na modinha” que é o La Panera Rosa, um restaurante super aconchegante e delicioso de tirar fotos todo com esse tonzinho de rosa. Pena que peguei um dia tão chuvoso, mas no verão, deveria ser obrigatório visitar. A comida é deliciosa, o atendimento foi bem bom também e o preço é de boa. 

La Panera Rosa 

De lá, dá pra ir caminhando para para a Plaza de las Naciones Unidas, entre a Avenida Figueroa Alcorta e Austria para bater ponto em um cartão postal da cidade, a Floralis Genérica, que é uma flor de metal que abre quando está sol e fecha quando o sol se vai. 

Floralis Genérica 


Depois de garantir as fotos, siga caminhando para o MALBA - Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires. Fica a cerca de 1km por uma área bem arborizada, já no bairro de Palermo. A entrada custa $ 90 e é onde você pode encontrar obras de arte de grandes artistas latino americanos como Frida (México) e Tarsila do Amaral (Brasil). Inclusive, é lá o único lugar que você irá conseguir ver o Abapuru, o famoso quadro que representou a Semana de Arte Moderna no Brasil e o movimento antropofágico.

Quadro de Frida e Tarsila do Amaral que você só conseguirá ver no MALBA
Se esse seu passeio terminar ainda de dia, minha sugestão é iniciar um passeio pelos parques de Palermo. Caso seja noite, uma sugestão é pegar um uber e seguir para a Praça Julio Cortázar, em Palermo Soho. O local é cheio de restaurantes e barzinhos legais. 

Lembrete: 

Caso não esteja muito disposto pra andar a pé, o Malba fica na Av. Pres. Figueroa Alcorta 3415. Ele fecha às terças, e nos demais dias funciona das 12h às 20h.



Para quem está fazendo uma viagem pela primeira vez a Buenos Aires, é bom optar por um city tour no primeiro dia até pra se ambientar na cidade e já vai conhecendo diversos lugares de uma só vez. Nessa última ida (julho/2018), optei por um city tour em grupo porque já estava incluso no pacote que comprei pela agência aqui no Brasil. Quem prefere um turismo mais independente, tem uma opção de comprar o acesso daqueles ônibus turísticos e descer onde quiser e ir explorar sozinho. Custa 670 pesos e você pode pegar em diversos pontos (eles informam antes), mas se prepare que as vezes o ônibus vem cheio e precisa esperar o próximo, 20 minutos depois. Enfim… vai do seu estilo de viajar e de quanto tempo você terá para explorar a cidade. 

Dependendo de onde estiver, pode mudar a ordem dos fatores, mas a ideia de City Tour é para que dê pra fazer em um só dia um passeio pela região central, começando pela Avenida 9 de julho, onde fica o Obelisco.


Obelisco e Letreiro/Jardim vertical no meio da Avenida 9 de julho. O nublado atrapalhou a foto e foi assim a viagem toda. 

O Monumento de 67 metros de altura foi inaugurado no aniversário de 400 anos de Buenos Aires, fica na Praça da Independência, bem no meio da Avenida 9 de Julho. O local ganhou uma atração a mais que é o letreiro com as iniciais "BA" que na verdade é um jardim vertical com cerca de seis mil plantas de diferentes origens botânicas.

Plaza de Mayo: um dos principais pontos turísticos de Buenos Aires, onde tem a Casa Rosada, é também o local onde quase sempre acontece algum tipo de protesto. 


De lá, a gente segue para a Praça de Maio (Plaza de Mayo) onde fica a Casa Rosada, sede da presidência da república Argentina. O local oferece passeios guiados aos fins de semana e feriados nacionais. A Praça de Maio também é um importante cenário da história da Argentina por ser palco de diversas revoluções e protestos. O mais famoso deles é o das Mães da Praça de Maio que reune mulheres em busca dos seus filhos desaparecidos no período da Ditadura, na década de 70. 


No caminho entre o Obelisco e a Praça de Maio, você passa pelo Teatro Colón, considerado um dos cinco melhores do mundo, tendo sua acústica elogiada por Pavarotti. É considerado Patrimônio Histórico Nacional e oferece passeio guiado de segunda a sexta. E você avista também uma fila enorme, quase sempre é para entrar no Café Tortoni, mas esse eu dedicarei um post só pra ele.


Parte externa do Museu cheio de homenagens a Maradona - Foto Nov/2010 
Nosso roteiro segue agora para o Bairro Boca, onde fica a sede do time Boca Junior, o estádio da Bombonera. É um passeio interessante até pra quem não gosta de futebol porque a visita que começa desde a entrada com uma espécie de calçada da fama com estátuas de jogadores que passaram pelo time, o Museu da Paixão Boquense e enfim, a parte interna do estádio. Tem a opção de ingresso até para quem quer conhecer o vestuário ($230 a $410). 

Controlou as emoções do futebol? É hora de seguir pelo Caminito. A Vilinha era residência dos imigrantes que chegaram a Buenos Aires fugindo da peste na Europa e foram se aglomerando pertinho do Porto. Hoje em dia não mora ninguém, virou uma vilinha cenográfica com casinhas de madeira e chapa pintadas de cores fortes que dão esse colorido lindo nas fotos. O local abriga o mercado de artesanato, vendas de souvenirs (achei inclusive bons preços), apresentações de Tango pelo meio da rua, restaurantes e cafés. Caso o seu roteiro não caiba um domingo na feirinha de San Telmo, creio que o melhor lugar para comprar souvenir é nesses mercados.


Depois disso, é pedida é conhecer San Telmo. Minha dica é começar por um endereço específico: Defensa, 698. É onde fica a estátua da Mafalda, personagem do cartunista argentino Quino. E depois da tradicional foto, segue o passeio pelas ruas de lá que são cheias de antiquários e brechós charmosinhos. Se for um domingo, dedique mais tempo a isso pois é o dia da tradicional feirinha de San Telmo. Os passeios de city tour em grupo não param lá, apenas passam. Se quiser dedicar mais tempo, reserve outro momento da viagem para isso, de preferência num Domingo. 



Se ainda tiver pique, dá pra fazer um passeio por Puerto Madero pra conhecer a Ponte de la Mujer e aproveitar os restaurantes ou se tiver muito cansado, optar por jantar nas Galerias Pacífico - um shopping com uma arquitetura de babar e ficar olhando pra cima o tempo todo. Não achei muito grande e nem com muita opção de restaurante, o atrativo dele parece ser a beleza mesmo.


A atrasada do rolê chegou para tirar a poeira desse blog e contar uma experiência muito legal que tive a honra de participar: o Brechó de Blogueiras. O evento foi no dia 02 de setembro e reuniu 12 blogueiras aqui de Caruaru para vender peças de até R$ 30. 

Antes mesmo de abrir as portas do espaço, no Empresarial Maurício de Nassau Trade Center, já tinha fila de gente pra comprar e aí foram 4h intensas de pura loucura que não deu para registrar nada, apenas vender loucamente. 
A entrada era uma doação de produtos de higiene pessoal para os idosos da Casa dos Pobres e o resultado foi que arrecadamos mais de 500 produtos entregues na instituição. 

Quem chegava para comprar, além de peças em perfeito estado e precinho camarada, ainda foi super mimado por empresas parceiras que serviram delícias como o bolo de rolo da Katia, O bolo super produzido da Império Boleria, os brownies do Negro Brownie, os macarons da Doce Macaron, docinhos da Dom Caramello, Donuts da Delicious Donuts e ainda concorriam a brindes de parceiros como a Studio K, InovareMake Club, love gifts e ainda os mimos que foram feitos especialmente para nós, participantes feitos pela Mimos e estampas e La Luna Artes. Além desses, eu também agradeço às fotógrafas Juelyne Gondim e Jana Pepeu e ao Antônio faz-tudo

Gostosuras e mimos para nossos clientes

Parceiros do evento e a parceira Hevelly idealizadora do projeto


Você leitor pode estar se perguntando o que blogueira de viagem estava fazendo em um evento formado basicamente por blogueiras de moda, não é mesmo? 

Então, prineiramente o Salto no Mundo tem a intenção de falar de viagens e também de como adaptar seu estilo de vida para viajar mais e sim, o SALTO também vem de moda que é um assunto que amo, apesar de não me considerar uma pessoa ligada a isso. No meu caso, tenho tentado manter um lifestyle cada vez mais minimalista ou no mínimo, menos consumista. Então juntei todas as roupas que não cabem mais em mim, seja no meu atual corpo tamanho GG ou no meu estilo cada vez mais básico, vendi tudo e já tenho aí umas economias para fazer uma próxima viagem. Inclusive, sigam aí meu brechó virtual "Se Meu closet falasse" pois eu darei continuidade ao projeto como forma de tirar uma graninha e renovar a energia do guarda roupa. 

Por falar em renovar energia, durante o Brechó senti na pele como isso funciona. Por exemplo: eu estava com algumas peças que eu mantinha no guarda-roupa na esperança de voltar a usar numero 40, entao coloquei à venda mas ainda sentia apego. Chegou uma menina que tinha começado o processo de emagrecer e estava com o corpo que eu estava na época que comprei aquelas roupas, com a mesma energia, mesma alegria e mesma autoestima lá em cima. Agora sei que minhas roupas mais queridas estão em boas mãos causando felicidade a alguém radiante que logo me mandou foto com todos os looks (ela ficou linda em todos). Fiquei feliz por ela, por mim por conseguir exercer o desapego e com os planos da próxima trip que estou planejando. Alguém chuta o destino?


Minha irmã, do Blog Jaciachando, minha dupla perfeita de vendas 
Sobre as vantagens e cuidados de viajar com uma companhia em paz


Minhas primeiras viagens na vida foram em grupo, mas a verdadeira paixão por viajar eu tive após minha primeira viagem sozinha, há uns 11 anos quando fui para Jericoacoara, no Ceará. Depois dela, outras viagens começaram a vir e entre perrengues, aventuras e fatos engraçados, eu vivi experiências enriquecedoras, fiz amizade com diversas meninas que também viajavam sozinhas, algumas dessas amizades duram até hoje e renderam outras viagens e também o desejo de criar esse blog, por exemplo. Era tanta vontade de conhecer tantos lugares no mundo que não dava pra ficar esperando as amigas arrumarem tempo, coragem, organização financeira e principalmente vontade de embarcar comigo então, escolhi perder o medo e virei uma defensora da causa de mulheres que viajam sozinhas.

Viajar sozinho te obriga a ser mais independente, enfrentar os perrengues sozinho lhe estimula a crescer, você fica mais aberto a conhecer pessoas e explorar os lugares com mais profundidade, você decide se quer seguir o roteiro planejado ou se vai demorar horas em uma atração que você se encantou, são inúmeras vantagens. São tantas que viajar acompanhado parece até perder a graça, mas nesse post em clima de Dia dos Namorados irá mostrar que viajar de casalzinho, ou grupo de amigos, pode ser maravilhoso.

Primeiramente saiba que é absolutamente normal estar viajando acompanhado e de repente pensar “ah, se eu tivesse sozinha já teria feito isso, ou aquilo”, do mesmo jeito que quem viaja só, às vezes bate aquele momento de olhar ao redor e pensar “ai, queria ter um mozão pra estar aqui”, então… tá tudo bem ficar se sentindo confuso(a).

Dividindo tudo com sua companhia, o dinheiro rende mais

Ter companhia pra tudo:  Ter uma companhia até pra fazer o planejamento da viagem já é bom, fazer os roteiros com essa companhia, fica melhor ainda pois você tem com quem compartilhar as impressões, comentar o que encontra, decidir juntos os programas que irão fazer. Se a viagem for de férias, um curto período, por exemplo, melhor ainda. 

É mais barato: Se em uma viagem solo você optar por ficar em quarto individual com privacidade e banheiro só pra você, por exemplo, o preço sairá um pouco salgado. Já se vocês estiver com  uma companhia, vocês podem dividir esse custo e ficar no conforto e individualidade de um quarto só de vocês. Sem contar que dividir custos de transporte, refeições e tudo mais. 

Principalmente pra quem gosta de fazer tudo juntinho mesmo


Caso você queira, pode sim fazer amizades: Concordo que quando estamos viajando sozinhos estamos mais aberto a conhecer pessoas, sem dúvida. É mais do que ser comunicativo. É pelo extinto de sobrevivência que até os mais tímidos conseguem se soltar. Mas se você está acompanhado, o que impede de também conversar com pessoas, fazer amizades e dividir uma mesa de bar? Ok, se você está com um mozão, não estará aberto a paquera, mas isso não elimina a possibilidade de vocês conversarem com outras pessoas, fazerem passeios juntos com outros viajantes e sair por aí fazendo amizade. Se você acha que não é possível, repense seu relacionamento. 




Melhores fotografias: Sei que o pau de selfie veio pra ser um grande amigo do viajante solo, mas ter um(a) companheiro(a) pra tirar nossas fotos faz uma diferença danada. De preferência que seja aquele companheiro que você tem total intimidade para fazer aquelas fotos que você teria vergonha de pedir a um desconhecido pra fazer.



quem vai tirar a selfie da sua selfie? 



Escolher uma companhia para viajar é coisa séria e a escolha mal feita pode tornar sua viagem um saco, um fardo pesado de carregar. Uma viagem pode servir para fortalecer uma relação, mas também pode separar de vez. Isso porque durante uma viagem longa (pelo menos 30 dias), a convivência é muito intensa e diante de muitas escolhas a serem feitas pode causar discussões estressantes e desgastantes. Por isso, escolha o(a) companheiro(a) de viagem que tenha o mesmo perfil de viajante que você para evitar decepções. Tomando esses cuidados, é só pegar a mochila, o mozão, o crush ou BFF e se jogar mundo a fora.

Não sei responder ao certo quantos dias são necessários para bater a Neuronha - uma neura muito falada por amigos meus que foram morar e trabalhar na Tv Golfinho, em Noronha -  Só sei que passei quatro dias na ilha e achei pouco porque sinto que eu precisava curtir cada cantinho com muito tempo e nenhuma pressa ou pressão. Para quem vai fazer uma degustação à ilha, como eu fiz, selecionei alguns passeios que podem ser prioridade pra você não voltar frustrado por não ter conseguido curtir a essência da ilha. 
Como expliquei aqui no post anterior, a ilha é cortada por uma rodovia, a BR 323, que tem 7 km e vai do Porto ao Aeroporto. Nessa curta linha, tem diversas vias que você irá encontrar diversos tesouros escondidos por lá.
1.Mirante do Sancho -  Na entrada do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha tem o acesso as trilhas para o Mirante dos Golfinhos, Mirante do Sancho e Dois Irmãos. Ali fica também o acesso a Praia do Sancho.  Para esses locais você precisa de outra carteirinha que é a de acesso ao Parque Nacional Marinho, com validade de até 10 dias, custa R$ 75 reais. 

A trilha é muito organizadinha com caminho todo em material reciclado que parece madeira, acessível para cadeirantes e tudo. O acesso à Praia do Sancho é que continua sendo complicado pois é uma escadaria bem estreita mas é o esforço necessário para chegar na Praia eleita como a mais bonita do Brasil.
Acesso sofrido para a Praia do Sancho


Morro Dois Irmãos visto do mirante




2. Praia da Conceição,  Praia do Cachorro e Cacimba do Padre:  O acesso para a praia do Cachorro é pela Vila dos Remédios, tem que descer uma escadaria de pedra para chegar lá. Devido a ação das marés não tinha areia na praia, estava toda coberta por pedras. Cacimba do Padre e Praia da Conceição são os points onde acontecem os campeonatos de surf. Sempre vale a pena dedicar um tempinho. 

Cacimba do Padre

Praia do cachorro




3. Buraco do galego - Se a maré estiver baixa, é hora de visitar o Buraco do Galego - uma piscina natural com três metros de profundidade formada pelas rochas na Praia do Cachorro. Os mais atrevidos se aventuram pulando de cima das rochas. Mas para se deliciar da piscina não precisa se aventurar assim. Tem acesso pelas bordas das rochas.


Tem que ter uma amiga corajosa pra se jogar nele. Obrigada, Flavinha Tavares

4. Museu do Tubarão - O espaço onde você pode aprender tudo sobre o animal que mete medo nos mares. Lá tem diversas arcadas dentárias das espécies comuns no arquipélago, folheto com as características de cada um e diversas peças de souvenir com a temática do tubarão. O local também tem restaurante que serve petiscos curiosos como bolinho de tubalhau e salada de tubalhau feitos com de tubarão salgado num processo parecido com o do bacalhau. Outras atrações são conhecer o “Buraco da Raquel” e ouvir as diversas lendas que contam sobre a origem desse nome e as diversas esculturas de ferro pra fazer as fotos divertidas de rabo de sereia e de rei/ rainha dos mares. É do Museu do Tubarão também que compra o acesso ao barco NAVI.



Sou turista, me deixa ser sereia! 


5. Barco NAVI -  Para quem viaja com criança ou tem medo de mergulhar (tipo eu) o passeio na NAVI é uma boa opção. Custa R$ 200 e é preciso comprar e reservar o horário do passeio no Museu do Tubarão. Antes de sair, a gente passa um tempo na palestra sobre as espécies marítimas que iremos ver na “Expedição" e ainda dão um folheto com as diversas espécies para marcarmos o que vimos. Bem didático! A embarcação possui uma lente de aumento e é através dela que a gente vai conhecendo o fundo do mar da ilha. O ponto negativo é que de tanto ficar olhando pra baixo, pode bater o enjoo facilmente. 


Barco Expedição NAVI 


Um mergulhador visto pela lente do barco NAVI


a gente se sente no fundo do mar 


6. Mergulho de cilindro - São diversos pontos de mergulho em todo o arquipélago e três empresas diferentes oferecem o mergulho de cilindro com instrutor para fazer o mergulho. A Atlantis Divers é a mais famosa e possui estrutura de veículo de transfer e catamaram para seguir até o ponto de mergulho. Custa cerca de R$520 e paga a roupa de neoprene por fora. Eles possuem equipamento de foto e vídeo também que você paga por fora.   
O mergulho de Flavia Carvalho foi registrado pela All Angle 

Mais um click da All Angle cedido por Flavia Carvalho


Uma opção mais em conta para quem nunca fez um mergulho é procurar empresas de mergulho independente.  O mais recomendado pelos locais é o instrutor “Bodão” que o escritório dele é na Praia do porto mesmo. Tipo: bem ali na beira da praia, basta perguntar em qualquer barraca. Custa R$ 200 a 250 reais (pagamento apenas a vista em dinheiro) inclui a roupa e equipamento. Não possui barco e segue para o ponto de mergulho andando pela praia mesmo. 
recebendo as instruções do Bodão

#Partiumar 

O escritório dele é na praia, ele tá sempre na área, mas ele num é da tua laia não. Esse aí é o Bodão, instrutor de mergulho da Mar de Noronha. 




7. Praia do Porto - Diante de tanta praia linda, lá pode não parecer tão atraente, mas é um ótimo ponto para ficar de bobeira praticando Stand up paddle, snorkel ou apenas ficar apreciando. Eu fiz isso enquanto o boy estava fazendo o mergulho de cilindro. Acho que foi a minha carência de uma praia calminha. 

                                      

8. Festival Zé Maria - Aí chegou no setor que eu amo: comida. O Zé Maria é o morador mais prestigiado da Ilha, dono da Pousada Zé Maria e gosta de promover o festival gastronômico todas as quartas e sábados para exibir seus dotes de pescador. Segundo ele, todos os peixes servidos lá foram pescados por ele no dia, não sei se é papo de pescador. Custa R$140 por pessoa e a bebida paga por fora, mas só vale à pena se você, assim como eu, for muito boa de garfo. 

                            

A maior paella das Américas: pernambucanos entenderão

Se for colocar um pouquinho de cada coisa, já sai de lá rolando
Tuca Noronha, filho do Zé Maria, apresenta a chef de cozinha da doceria do hotel e suas guloseimas. Que Deus proteja os diabéticos! 


9. Baladinhas - Dependendo de qual dia você for a ilha, faça a  programação noturna de acordo com os barzinhos mais badalados da ilha: Bar do cachorro é onde tem os forrós dia de sexta e Muzenza onde tem o reggae nas quintas. Ambos são colados um no outro, próximo a Vila dos Remédios, onde tem diversos outros restaurantes e barzinhos. 
                                    

10. Projeto TAMAR - Dependendo do período do ano, é possível ver a desova de tartarugas na Praia do Sueste. Na alameda do Boldró é onde fica o Museu a Céu Aberto da Tartaruga Marinha do TAMAR de Fernando de Noronha. 

                                                                         





Sempre achei frustrante morar em Pernambuco e nunca ter ido a Fernando de Noronha. O motivo é simples: apesar da ilha ficar no “quintal de casa”, o preço que se paga afugenta qualquer um de orçamento apertado, mas juntou a vontade de conhecer o paraíso e a oportunidade das promoções da baixa temporada e consegui riscar Noronha da minha listinha de lugares para conhecer. Se você também sonha em conhecer, esse post pode te ajudar a organizar a viagem. 

Quando ir?
Pra começar, quem quer conhecer a ilha e está com orçamento apertado, vai juntando a grana e fica alerta às promoções que começam a ser divulgadas logo depois do carnaval para ir nos meses de abril/maio/junho, mas não esqueça que esse período é de chuva e pode deixar seu passeio meio nebuloso. Fui em abril e peguei um clima ótimo, mas choveu no dia de voltar.

Como chegar? 

Pra chegar lá só tem duas opções de vôo saindo do Recife (GOL e Azul) ou Natal (Azul). 


E as tão faladas taxas? Logo na chegada no aeroporto, todo visitante precisa pagar a taxa de preservação ambiental que é calculada de acordo com a quantidade de dias que você irá permanecer na Ilha. Ela custa R$ 68,74 por dia e pode ser paga antes da viagem, basta emitir o boleto aqui para agilizar a sua entrada lá, ou então faz o pagamento no próprio aeroporto.

Mas tem mais uma taxa que é a do ingresso do Parque Nacional Marinho. Custa R$ 99 para brasileiros, tem validade de 10 dias e dá acesso aos pontos mais lindos da ilha. Você não vai pra Noronha e não visitar a praia mais bonita do Brasil, que é a Praia do Sancho né? Então...tem que pagar as duas taxas mesmo.


Onde ficar?  

Para mim, escolher hospedagem tem que estar ligado a como irá se locomover por lá e objetivo da viagem. Isso porque Fernando de Noronha tem opções pra todo bolso, desde as super simples até as mais luxuosas com piscina de borda infinita de frente pro Morro Dois Irmãos (quero/gosto!), mas no meu caso, eu passaria pouco tempo no hotel, então procurei algo que atendesse as seguintes necessidades: preço bom, conforto, wifi e serviço de translado, fiquei na Pousada Canto do Boldró, que é uma residência adaptada para virar pousada e por isso tem uma carinha de casa de vó. 
Porém...essa atendeu minha necessidade porque alugamos um buggy, mas recomendo escolher a hospedagem que cabe no seu bolso, mas opte por ficar na Vila dos Remédios ou Floresta Nova - que ficam próximas ao Centro Histórico, restaurantes, Praia do Cachorro e dá pra fazer um monte de coisa a pé. 

Como se locomover por lá? 
A Ilha de Fernando de Noronha inteira se resume a 7km de rodovia (BR 363) do Porto ao Aeroporto. O que quer dizer, que se você tiver disposição, dá pra fazer um monte de passeio a pé mesmo ou pegar o ônibus. O passagem custa R$ 5 e certeza que não demora muito pra fazer essa linha.  Em todo caso tem taxi, relativamente caro, mas funciona quando bate a preguiça ou na chegada do aeroporto e a opção de alugar um buggy, que custa em média R$ 160 a diária (em baixa temporada), fora a gasolina.

R$ 5,39 o litro? Pode encher o tanque! 

Não gostei muito da experiência de alugar buggy pois além de caros, achei bem desconfortável de dirigir e tem mais: um morador de lá me contou um segredinho que é bem comum por lá dizer que a bomba de combustível está quebrada, pra que você sempre coloque mais algum litro e eles sempre estarão abastecidos. Fica a dica pra moçada de procurar um que não seja. ;) 

Então, conselho da Tia Nanda é: Vá cheio de disposição pra andar muito a pé e arrisque-se numa vibe mais roots, no ônibus mesmo e até carona; alguns passeios incluem serviço de translado então deixe pra alugar carro apenas para ir para área mais distante, ou para fazer um "reconhecimento de área"/ ilha tour geralzão. Curta até bater a Neuronha! 








Ainda bem que a cidade é fotogênica, porque se depender de mim...=/
Bastou as companhias aéreas aparecerem com promoção de passagem para Montevideo e já me veio o faniquito de ir de novo por lá. Minha relação com o Uruguay é bem forte e marcante. Tão marcante que tenho cicatriz até hoje da última visita. Sim, ela fica no braço esquerdo. Um pequeno acidente no aeroporto me levou a um city tour de ambulância pelas ruas de Montevideo e conhecer um pouco o sistema de saúde e rede de hospitais de lá. Foi uma aventura que espero contar aqui em outro post e para os meus netos, se eles existirem. 
O Uruguai em si é coisa de cinema. E não é força da expressão não, é que lá tem sido cenário de diversas produções de cinema mundiais devido a sua versatilidade de paisagens e um empurrãozinho do governo uruguaio também, nesse video aqui explica as razões. 
Montevideo é um desses cenários que merece um espaço na sua lista de lugares para conhecer. Das duas vezes que fui, foram visitas rápidas, de no máximo três dias, por isso penso tanto na possibilidade de voltar. 

QUANDO IR? Montevideo me parece interessante o ano todo e depende do clima que você deseja encontrar. Como ela tem uma orla fluvial, é legal aproveitar no verão. Mas eu não dispensaria uma visita no inverno para tomar um mate quentinho sentindo o vento gelado no rosto. 

ONDE FICAR? Para ficar próximo das atrações turísticas, o ideal é Ciudad Vieja. Mas aí depende da sua vibe noturna. Lá tem opções mais "galerosas" a noite, tipo pubs, não conheci tanta opção para restaurante, que é a minha atual vibe. Estou dessas idosinhas que ama sair para comer. Mas aí se você estiver viajando sozinho, disposto a fazer amizades, super recomendo ficar no hostel  El Viajero, lá a programação noturna está garantida. 

Caso essa não seja a sua vibe, é melhor ficar no bairro de Pocitos e Punta Carreras que é a área mais nobre de lá e próxima ao maior shopping de Montevideo (Punta Carreras Shopping) e também de diversas atrações gastronômicas.  Mas vamos lá...bater perna pela cidade que shopping num tem graça nenhuma.É tudo a mesma coisa! 

Então...
Praça da Independência
Comece o dia levando surra de cultura visitando a Ciudad Vieja. Siga para a Praça da independência (Plaza da Independencia) é lá que fica a escultura do General Artigas, um herói nacional do Uruguai que lutou pela unificação da América do Sul, e o Mausoléu onde estão guardados seus restos mortais, sempre na vigília de dois guardas em trajes de gala. É legal visitar por dentro e ver o quanto os uruguaios respeitam um personagem importante para a sua história. 

Tomara que façam isso com Pepe Mujica!

Mausoléu do General Artigas - herói nacional

Ali também fica o Teatro Solís, que vale a pena fazer o tour por dentro, principalmente quem se interessa por musica e arquitetura. Não dei sorte, pois quando visitei, ele estava passando por reforma. Saindo da Ciudad Vieja, seguindo pela principal avenida de Montevideo, a Av. 18 de julho,  vale visitar a Plaza del Entrevero (Plaza Fabini), é um ponto de ar puro no meio de uma cidade em muitos tons de cinza. As vezes tem apresentações de Tango por lá, então é bom não visitar na correria. Relax and Enjoy it! 




Plaza Fabini
Detalhe: Caminhando pela Avenida 18 de julho, não se sinta um mané em ficar olhando pra cima. É que é cada prédio lindo, tanto detalhe arquitetônico, tanta aula de história que todo mundo estará com a mesma leseira que você. Porém a avenida é longa, a maior da cidade. 


Um exemplo dessa arquitetura rica em detalhes é o prédio da Câmara dos deputados e senadores do uruguai, o Palácio Legislativo. Para quem tiver tempo, eles oferecem visitas guiadas por cerca de R$ 7 (valor em reais bem por alto pq sou de humanas e tive dificuldade em ficar convertendo a moeda Uruguai, então eu sempre fazia 10 pesos por 1 real, mas varia muito).
O prédio mais imponente da cidade: o Palácio Legislativo



No fim de semana - bem vazio, porém sem visitas guiadas.

Mas não é só arquitetura e história não. As praças e paisagens naturais também são de se encantar. Até hoje tenho na memória o pôr do sol mais lindo que já vi, que foi no Uruguai. Em Montevideo tem um lugar especial onde a gente pode assistir esse espetáculo: em qualquer ponto do Parque Rodó, que reune universidade, teatro, campo e clube de golfe e ainda esculturas e um memorial do holocausto uruguaio. São 43 hectares de coisa linda pra gente ver, curtir e cheio de ar puro. Pra mim esse espaço foi o que melhor definiu como é viver no Uruguai: é ter qualidade de vida. #Fiqueicominveja #QueroMorarlá  
Parece que os jesuitas também vieram marcar território, não é mesmo?!

Escultura "La Carreta" que homenageia o tipo de transporte utilizado pelos gaúchos na colonização uruguaia



A belezura do Parque fique em frente a Praia Ramirez, que é uma praia fluvial. SIIIIIIIm ela é a beira do Rio da Prata, por isso que a gente vê o sol se pôr na água e é tão lindo de se assistir.  Um espetáculo digno de ficar assistindo e terminar com salva de palmas. TODO DIA. 



Espetáculo do pôr do sol na rambla da Praia Ramirez

Observações: 

1) Neste post não dei informações de transporte porque em uma das situações usei serviço de city tour saindo do terminal de Tres Cruzes e na outra estava com um compadre que é "local". 

2) Se assim como eu, você está querendo aproveitar promoção de passagem pra Montevideo no período de carnaval, mas está com medo de sentir saudade da festa, fica tranquilo/a que lá tem carnaval, com direito a desfile de escola de samba e tudo mais. Numa visita ao Parque Rodó flagrei uma das baterias da escola de samba ensaiando e ó... não tava ruim não, hein! Eles até se arriscam a dizer que o samba é descendente de um dos ritmos deles, o candomblé uruguaio que virou a batucada, que deu origem a nosso samba, ao caboclinho e tudo mais. Vai que eles estão certos, né?! 

Ensaio de bateria de uma das duas escolas de samba do carnaval uruguaio




Se você já visitou Montevideo com mais tempo, deixa sua dica no comentário que sinto que vai rolar uma outra salto por lá. #Mandadicas